Mães e professores temporários de creches estão indignados com anúncio de demissões
Amanhã um grupo se prepara para manifestação na Secretaria Municipal de Educação.
A decisão do Poder Executivo em dispensar professores temporárioss que atendem nas creches (berçario e maternal-1) sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação de Assis, deixou mães e docentes eventuais apreensivos e indignadoss neste pós-feriado de 12 de outubro.
Segundo apurado extraoficialmente pela reportagem Abordagem Notícias, pelo menos 50 professores PDI ( Professor de Desenvolvimento Infantil) perdem seus cargos, bem como vice-diretores designados (que são professores efetivos da casa) retornam às suas funções anteriores.
Os professores penalizados são queles chamados de "adicionais", ou seja, um por sala, que teriam sido colocados além do que preconiza o estatuto, para dar suporte e melhor atender às crianças. Em plena crise financeira, eles perdem seus empregos, de uma hora para outra.
A reportagem não conseguiu confirmar a informação oficial junto à responsável pela pasta. Entretanto, houve hoje pela manhã, na sede da SME, uma reunião com os diretores das Emeis (Escola de Educação Infantil), para tratar sobre referido assunto.
Uma mãe, cuja filha é matriculada na Creche Pequeno Polegar, postou a seguinte mensagem em sua página do Facebook: "Perplexa: Hoje, ao chegar minha filha na creche, tive a informação que as professoras temporárias serão demitidas pra ecomonia da Prefeitura. Serão 24 crianças aos cuidados de 2 pessoas, o que antes eram 4. Pra onde foi o dinheiro referente aos salários delas? Retaliação do Sr Prefeito por não ter sido reeleito? Não estão pensando no bem estar das crianças? Assim sendo, peço colaboração pra amanhã (14/10) as 9:00h todos comparecerem na SECRETARIA DA EDUCAÇÃO para uma reunião. Será aberta pra toda população. JUNTOS SOMOS MAIS".
Uma professora, que perderá seu cargo, postou: "Vai chegando o fim do ano e as contas da prefeitura têm que fechar, e adivinha o que o excelentíssimo PREFEITO DE ASSIS resolveu fazer? Cortar gastos. E de onde? Da educação. Diminuindo professores. Um absurdo!!! Inaceitável. Como um pode um ser humano desse ter essa ideia? Como podem aceitar um negócio desse? Ninguém pensa no professor? Ninguém pensa nas crianças? Que o prefeito tire gasto de outro lugar ou do próprio salário e não da educação".
Outra professora PDI, inconformada, citou à reportagem que o gasto com professores não saem dos cofres da prefeitura, mas sim do Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. "O gasto com professores já era previsto. Isso é uma política do neoliberalismo do PSDB. A pergunta que fica é a seguinte: Porque o prefeito não corta os altos gastos com seus comissionados ao invés de atacar os professores, a quem, inclusive, se negou a conceder aumento salarial, devidamente constitucional?" questiona revoltada.
Os professores participaram do processo seletivo em novembro de 2015 e ingressaram em 2016. Todos têm compromissos financeiros até o final do ano, quando finda o contrato. A situação é de incredulidade e indignação, caso realmente sejam afastadas de seus cargos.
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